quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

CAP. 03 - Once Upon a time

CHAPTER THREE

Melissa sentiu um estranho reviravolta na barriga, pois as batidas na porta eram um tanto quanto urgentes e sem saber o que fazer ficou olhando para o velho, que parecia em transe com aquela xícara entre os lábios.
- SENHOR RAZAR? - exclamou ela, com urgência.
- Sim? - disse o velho como se tivesse acabado de acordar.
- Estão batendo na porta, senhor Razar! - Gritou ela, foi então que percebeu que não havia mais o barulho de batidas na porta.
- Creio não estar ouvindo nada, Pequena Sábia...
- Mas estavam batendo! Eu juro! Estavam batendo com tanta força que pensei que estavam querendo derrubá-la de tanta força! - disse Melissa já levantada,sentindo um medo absurdo e ofegante.
- Se acalme, filha, sente-se novamente, estou sentindo algo estranho acontecer - Melissa obedeceu quieta e viu o mago se levantar com a expressão de quem procura algo, foi à todas janelas do casebre,fechou cada uma das cortinas e se voltou rapidamente para a menina. - Escute, Melissa, acho que já sei o que aconteceu aqui e você precisa ter cuidado! Há muitos anos atrás, antes de eu vir para Adalif, havia uma bruxa má na região que queria ser rica, poderosa e bonita, assim ela fez um mágica e conseguiu tal desejo, porém, amaldiçoou a vila, fazendo com que ela ficasse menos produtiva e sempre na miséria, NINGUÉM sabe onde ela está ou como está.
- E o rei não sabe nada disso, senhor Razar? - Perguntou Melissa com profundo medo e medindo cada palavra que dizia.
- O rei nada pode fazer, pois é uma maldição, feita por magia, magia antiga, magia negra - Os olhos acinzentados do velho estavam focados nos dela, fazendo-a ver que era verdade.
- Mas como? Toda maldição deve existir uma contra-maldição, não é isso senhor Razar? Não é isso que o senhor dizia nas histórias de Merlim?
- Isso é fato, pequena sábia, mas não sabemos como foi feita a maldição para poder revertê-la, a bruxa precisa ser encontrada! Ao dizer que queria falar com rei, você incomodou a maldição que fazia com que as pessoas trabalhassem muito, ganhassem misérias e pensassem pouco.
E isso fazia sentido, pensou a pequena sábia, ela se lembrou que seus pais e irmãos trabalhavam demasiadamente e o resultado de suas forças cada vez se subtraía, o peso do trabalho já não justificava tanto o prato na mesa, e por vezes chegaram a quase não comer por falta de alimento, eles só pensavam no pão diário e se preocupavam cada vez mais com o que comeriam no dia seguinte, o que sempre os salvou foram as frutas colhidas no bosque que, felizmente, ficava fora da vila, perto do casebre do mago, onde lindas maçãs, laranjas, pêssegos e amoras nasciam por lá e dava sustância ao pouco alimento que comiam no dia.
- O que devo fazer senhor Razar? Quem bateu a porta? Porque o senhor não ouviu como eu ouvi e ficou parado como uma estatua? - Indagou a camponesa
- Primeiramente precisamos encontrar a bruxa que amaldiçoou a vila! Quem bateu na porta foi a própria maldição, que incomodada com seus pensamentos fora da alienação, querem, infelimente, fazer com que pense igual, foi você pequena sábia, que o incomodou, ela petrifica todo o resto e só você conseguirá enxergá-lo! - Melissa ficou receosa com a revelação e o medo começou a invadi-la, ela não queria ver coisas estranhas, não mesmo!
- Estou com medo Senhor Razar e já é tarde! o sol logo irá se pôr e a floresta ficará perigosa! Preciso voltar para casa, imediatamente!
- Pequena sábia, te acompanharei a sua casa, vista o casaco e vamos seguindo para que o pôr do sol não nos alcance!


Um comentário:

  1. Olá Tha Santos,
    Sua história está emocionante! Espero ansiosamente para a continuação!!!

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